Em 30 de junho teremos um dos eventos mais importantes do ano: a 38ª edição do Congresso Conasems – Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde. Na ocasião também ocorrem a 19ª Edição da Mostra Brasil, aqui tem SUS e II Oficina Nacional do Projeto ImunizaSUS. As experiências que farão parte da Mostra e da Oficina já foram selecionadas, e a partir de agora iremos apresentar cada uma delas de forma mais detalhada para você.
Acompanhe a série de conteúdos que será publicada semanalmente até a data do Congresso. Neste texto, você vai conhecer as experiências selecionadas nas regiões 15ª, 20ª e 22ª.
Boa leitura!
Programa Saúde na Escola: Prevenção ao bullying no município de Nova Esperança-PR
Com o objetivo de reforçar que o bullying não é “normal”, ou seja, não faz parte de “ser criança” ou de “crescer”, e que o trauma causado não torna as crianças “mais fortes”, o programa foca em dar suporte aos pequenos para que lidem melhor com seus sentimentos, ações e reações ao sofrer, presenciar ou cometer atos de bullying.
Esse trabalho vem sendo realizado desde 2016, com profissionais da atenção primária da UBS Adelino Pasquini e da Escola Municipal Nice Braga no município de Nova Esperança. “O corpo docente e a direção reconheceram a importância da presença da UBS, relatando a redução do número de casos de bullying praticados no ambiente escolar. Quando ocorre, os alunos sabem como agir e entendem a gravidade da ação”, explica a autora do projeto, Ana Mara de Oliveira Manthay.
A experiência tem fortalecido o sentimento de pertencimento e também tem conseguido ressignificar o olhar da população e das lideranças da comunidade para equipe da unidade básica de saúde. “Os pedidos para ampliação da atividade para outras escolas são frequentes e anônimos voluntários ganharam espaço para contribuir”, finaliza.
Ações e estratégias do Microplanejamento: resultados do indicador 5 do Previne Brasil e Campanha de Multivacinação no município de Astorga-PR
Iniciada em 2023, a experiência se dá por meio do microplanejamento, alinhando estratégias com gestores e lideranças locais enfrentando problemas como 1) Não monitoramento da cobertura vacinal em tempo oportuno; 2) Busca ativa superficial; 3) Problemas no envio da produção/registro no sistema utilizado; 4) Horários indisponíveis da sala de vacinação, dificultando o acesso da população; e 5) Campanhas com baixa adesão, com o intuito de alcançar melhores resultados e ampliar as coberturas vacinais.
“Depois de implementar as estratégias e ações propostas no microplanejamento regional, o município conseguiu avançar positivamente nos indicadores de cobertura vacinal e de campanha de vacinação, alcançando 260% no ano de 2023 em comparação ao exercício de 2022. Destaque para o resultado do Previne Brasil, do último quadrimestre de 2023: 98%. Foi o 3° melhor indicador de vacinação da 15ª Regional de Saúde de Maringá”, detalha a secretária de saúde de Astorga, Natalia Andrade de Carvalho Lembi.
Projeto super agente em missão contra a Dengue no município de Cândido de Abreu-PR
O projeto se volta a conscientizar as crianças do 5ª ano das escolas municipais de Cândido de Abreu, de forma lúdica, sobre a Dengue. Elas passarão a conhecer os sintomas da doença e a prevenção da proliferação do mosquito, realizando ações de eliminação dos focos no município.
“A conscientização de crianças representa uma maneira de fácil divulgação da prevenção contra a Dengue, já que estimula o desenvolvimento social e intelectual ao observar problemas cotidianos relacionados à Dengue em suas comunidades”, explica a autora do projeto, Poliane Eloyze Tostes.
Alcance de cobertura vacinal em crianças de até 15 meses, através de instrumentos de monitoramento diário no município de Ivaiporã-PR
Voltada à criação de um instrumento capaz de monitorar de forma efetiva a cobertura vacinal dos menores de 15 meses de idade, a experiência buscou aprimorar, em 2023, os sistemas oficiais do Programa Nacional de Imunização (PNI).
O resultado do projeto permitiu que fosse alcançada a cobertura vacinal em cerca de 900 crianças menores de 15 meses de idade, em todas as vacinas do calendário do Programa Nacional de Imunização. “A implantação do monitoramento foi prática e efetiva, possibilitando a busca ativa em tempo oportuno”, complementa a autora do projeto, Nilza da Silva Fernandes Mendes.
Monitora Vacina: Estratégia de monitoramento e avaliação da situação vacinal no município de Nova Tebas-PR
Com duração de um ano, de fevereiro de 2023 a fevereiro de 2024, o projeto também teve como intuito principal criar um instrumento automatizado e padronizado com o objetivo de possibilitar o monitoramento da vacinação, bem como avaliação das coberturas vacinais em tempo real, das crianças menores de 15 meses.
A estratégia permitiu agilizar o monitoramento e avaliação das coberturas vacinais, possibilitando o acompanhamento em tempo real da situação vacinal de crianças menores de 15 meses de idade. “O Monitora Vacina, ao proporcionar uma aplicação eficiente da planilha e dos relatórios, demonstra um comprometimento com a saúde municipal, preparando a equipe a tomar decisões informadas e baseadas em evidências para proteger a população contra doenças evitáveis por vacinação, ressaltando a importância crucial da saúde preventiva na comunidade”, complementa Lilian Meurer da Silva.
Fluxograma para Atendimento de Mulheres Vítimas de Violência no município de Terra Roxa-PR
O objetivo principal foi criar um fluxograma para atendimento de mulheres vítimas de violência no município para orientar os serviços considerados como porta de entrada sobre as suas responsabilidades no que tange ao acolhimento, notificação, atendimento e encaminhamentos necessários.
A partir dessas diretrizes foi definido que o serviço que for acionado em primeira instância deve preencher a notificação compulsória e fazer os encaminhamentos necessários para continuidade do atendimento da vítima. “Após a implantação no novo fluxo, foi possível observar que os profissionais envolvidos no atendimento das vítimas começaram a executar suas funções com maior segurança, tendo mais confiança sobre como proceder. A presença de notificações dos demais setores considerados como porta de entrada e não apenas das unidades de saúde, possibilitaram o acolhimento e atendimentos de pacientes que não haviam procurado os serviços de saúde”, explica a autora do projeto, Telma Tristão de Camargo.
Projeto Acalanto no município de Toledo-PR
Iniciado em maio deste ano, a experiência quer vacinar 100% das crianças contra tuberculose e hepatite B. Além disso, busca garantir a vacinação das crianças da UTI Neonatal, sem atrasar o calendário vacinal, e incentivar o aleitamento do bebê durante a aplicação de imunizantes injetáveis, com a padronização do local da aplicação das vacinas.
Outros objetivos englobam a realização do cadastro individual da criança e vinculação à equipe de saúde de referência; estratificação de recém-nascidos e puérperas precocemente; realização do registro de nascimento nos hospitais conforme Norma Técnica do Ministério da Saúde na Portaria nª938 de 20/05/2002; e rastrear e agendar recém-nascidos com exposição a sífilis, Toxoplasmose congênita, Rubéola, Citomegalovírus, Herpes Simples e HIV.
“Com a estratificação, os bebês de baixo peso já são referenciados para as Unidades, o que facilita o acompanhamento mais frequente evitando a perda de peso não-fisiológica. Houve uma redução significativa de perdas das doses da vacina BCG, passando de 94,64% em 2022, para 107,55% em 2023 e 100%, em 2024 de acordo com os dados preliminares de março”, explica a autora do projeto, Tatiane Veiga Rodrigues.
Os resultados também apontam uma melhora na realização dos registros de nascimento dos hospitais para fazer o Cartão do SUS e o cadastro definitivo.
Acompanhe a nossa página de notícias para saber mais sobre os outros projetos que serão apresentados no Congresso Conasems.
