No dia 12 de dezembro de 2024, gestores e representantes da saúde municipal do Paraná se reuniram para a 6ª Reunião Ordinária da Comissão Intergestores Bipartite (CIB/PR), realizada no Hotel Lizon, em Curitiba-PR. Com uma pauta abrangente e voltada para a qualificação e expansão das ações de saúde no Estado, a reunião trouxe importantes deliberações e pactuações que impactam diretamente a gestão municipal de saúde.
O Secretário de Saúde do Paraná homenageou e agradeceu os gestores que estão saindo dos seus cargos com o fechamento do ano, principalmente em relação à atuação durante a pandemia de COVID-19: “Hoje encerramos um ciclo. Quero que todos se sintam abraçados neste momento especial. Aproveito para expressar meu agradecimento ao Fabio de Mello, Presidente do COSEMS. É importante lembrar os desafios que enfrentamos para montar a rede de testagem. Parece que se passou um século, mas foram apenas três anos. Não foi fácil; foi uma batalha diária, sem deixar a peteca cair. Parabéns a todos!”.
Entrada de mais de R$ 502 milhões para os municípios do Paraná
Na ocasião, Beto Preto também confirmou a entrada de mais de R$502 milhões para o Estado do Paraná, em um momento de necessidade para os gestores. “Todos os municípios estão enfrentando o desafio do fechamento de contas neste final de mandato. Imagino que muitos estejam passando por dificuldades para equilibrar as finanças. Por isso, deixo aqui meus parabéns ao nosso Deputado e Secretário de Estado, Beto Preto, pelo apoio e compromisso”, declarou o Secretário de Saúde de Telêmaco Borba e Presidente do CRESEMS da 21ª Região de Saúde, Anderson Catto.
O financiamento da saúde foi um ponto central da pauta, com a definição das contrapartidas federal e estadual do componente básico da Assistência Farmacêutica. Além disso, a revisão dos critérios do Programa de Qualificação da Atenção Primária à Saúde e dos recursos previstos pela Resolução SESA 276/2012 aponta para uma gestão mais eficiente e centrada nas necessidades locais.
Novos caminhos para a imunização e vigilância epidemiológica
Entre os temas abordados, a imunização ganhou destaque com a apresentação do novo esquema de vacinação contra a poliomielite e a implementação da logística reversa da vacina de poliomielite 1 e 3 (atenuada). Essas ações reforçam o compromisso do estado com a erradicação de doenças preveníveis e a sustentabilidade das práticas em saúde.
Na área de vigilância epidemiológica, foi discutido o planejamento de capacitações em Sala de Vacina para 2025, uma estratégia fundamental para fortalecer a atuação das equipes municipais.
Doenças raras e o uso de tecnologia na saúde
A inclusão e a inovação tecnológica também marcaram presença com a apresentação sobre genética e doenças raras no E-Saúde, alinhada ao Plano de Ação de Genética do Ministério Público do Paraná. Essa abordagem reflete o avanço do Estado no uso de soluções digitais para melhorar o diagnóstico e o acompanhamento de condições raras, promovendo mais equidade no acesso ao cuidado.
A reunião também pactuou as regiões prioritárias para a expansão do Tele-ECG em 2025, um avanço significativo para ampliar o acesso ao diagnóstico cardiológico em municípios de menor porte. A iniciativa reforça o papel do telessaúde como ferramenta de democratização da assistência especializada.
A importância de fechar bem a gestão
Com o encerramento da gestão municipal de saúde, é fundamental que os gestores e suas equipes deixem as ações bem documentadas para a próxima equipe. Essa sequência é fundamental para fortalecer as diversas ações existentes nos municípios. “Isso inclui a finalização dos relatórios de gestão, indicando uma direção ou um norte claro para o próximo prefeito ou prefeita. É fundamental registrar o saldo em conta, a quantidade de veículos disponíveis, os atendimentos realizados, além de apontar o que está pendente e o que já foi resolvido. Esses elementos são cruciais para garantir um encerramento responsável das contas”, lembra Anderson Catto.
A participação ativa dos municípios nas decisões da CIB/PR é essencial para garantir que as políticas estaduais estejam alinhadas às realidades locais. A construção coletiva das estratégias reforça o papel do COSEMS-PR como interlocutor e defensor das demandas municipais.