Um dia após o Sistema Único de Saúde (SUS) completar 33 anos de atuação, tivemos, no dia 20 de setembro, um encontro em Curitiba/PR que deu encaminhamento para o Planejamento Regional Integrado (PRI) no Paraná. O evento contou com a presença do Conselho de Secretarias Municipais da Saúde do Paraná (COSEMS-PR), do Ministério da Saúde, da Secretaria de Estado da Saúde (SESA-PR) e com o apoio da equipe da Beneficência Portuguesa – BP, articuladora do Projeto Regionalização no estado do Paraná.
O Planejamento Regional Integrado (PRI) é uma medida extremamente importante para o bom funcionamento do setor da saúde no Paraná, pois articula as esferas federal, estadual e municipal. Assim, é capaz de promover um processo contínuo e coordenado, identificando as necessidades de saúde da população da região atendida pelo SUS.
Como o Planejamento Regional Integrado atua?
O PRI reorganiza as redes de atenção aos serviços que são prestados pelo SUS para a população paranaense. “A participação do Ministério da Saúde fortalece o SUS. A articulação entre o Ministério da Saúde, a Secretaria Estadual de Saúde e o COSEMS-PR é de fundamental importância para o desenvolvimento das atividades”, explica o Superintendente do Ministério da Saúde no Paraná, Luís Armando Erthal.
Em que pé está o Planejamento Regional Integrado no Paraná?
O estado do Paraná está em um estágio bem avançado no processo de regionalização, mas as reuniões seguem sendo fundamentais para intensificar o processo de regionalização e deixar o Estado como exemplo no Brasil.
O projeto foi iniciado em 2019 e até o início da pandemia foram realizadas mais de 100 reuniões, porém, com o estado de calamidade pública, precisou ser pausado para o atendimento dos atingidos pelo Covid-19.
“Hoje é um importante dia para a saúde do estado do Paraná, ao retomarmos esse importante estudo que é o Planejamento Regional Integrado. Queremos identificar as fragilidades dentro do nosso território e buscar alternativas que possam amenizar as dificuldades dos municípios. Estamos buscando alternativas de cunho financeiro, que é uma dor bastante latente dos municípios”, detalha o presidente do COSEMS-PR, Ivoliciano Leonarchik.
O resgate da discussão do planejamento integrado acontece em um momento muito oportuno de discussão, articulação e construção de política pública no início do mandato dos novos Ministério da Saúde e Governo do Estado. “Com essa junção de Estado, municípios e o Ministério da Saúde, a tendência óbvia é que a gente consiga buscar alternativas que vão refletir não só nos municípios, mas na vida do cidadão paranaense”, completa Ivoliciano.
O Planejamento Regional Integrado é um movimento dinâmico e contínuo, que requer a avaliação diária das estratégias da saúde. Por isso, reaver a sua discussão é de grande valor para os paranaenses.
“Muitas regiões já foram atendidas, em diversos serviços e agora podemos seguir abrindo caminhos para continuar construindo o atendimento do cidadão paranaense. Nada é construído de um dia para o outro, tudo isso requer muita dedicação e esforço de todas as frentes”, comenta o Secretário de Saúde do Estado, Beto Preto, que na ocasião acabava de retornar do Sudoeste, região na qual o governo abriu 15 leitos de cuidados prolongados e oito de saúde mental, no município de Dois Vizinhos.
Próximos passos
A articuladora estadual do projeto da Beneficência Portuguesa, Fabiane Lima Simões, que palestrou no evento, fala sobre o que deve ser feito no Estado para que o Planejamento Regional Integrado siga fortalecendo a regionalização. “Um passo fundamental e importante é que o grupo condutor estadual precisa seguir realizando o fortalecimento das macrorregiões e dos seus grupos de trabalho”. Assim, essas ações fortalecerão as tomadas de decisão no Estado.
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