Segunda oficina temática do ImunizaSUS trata sobre comunicação em saúde e os desafios das redes sociais para as campanhas de vacina e cobertura vacinal

Por cosemspr - 15 de fevereiro de 2023

Em: ATENÇÃO PRIMÁRIA

A comunicação em saúde e os desafios das plataformas digitais para as campanhas de vacina e o alcance das coberturas vacinais foram os motes da segunda oficina temática do Projeto ImunizaSUS, encontro que foi realizado em Brasília/DF na última terça-feira (14) e reuniu membros da diretoria do Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems), presidentes de Cosems e assessores de comunicação dos Cosems – além de técnicos do Ministério da Saúde, Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), Programa Nacional de Imunizações (PNI), Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) e convidados.

Inicialmente, o evento contou com a participação do presidente do Conasems, Wilames Freire Bezerra; o presidente do Conselho Nacional de Saúde (CNS), Fernando Pigatto; a diretora do Departamento de Saúde da Família e Comunidade (representando a Secretaria de Atenção Primária à Saúde), Ana Luiza Caldas, e da representante da Opas, Lely Gusman, que compuseram a mesa de abertura, recepcionando os presentes.

Na sequência, a mesa principal foi composta pelo pesquisador do Núcleo de Educação em Saúde Coletiva da Universidade Federal de Minas Gerais (NESCON/UFMG), Ricardo Fabrino; do professor titular da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo, José Cássio de Moraes e da repórter especial e colunista de saúde da Folha de São Paulo, Cláudia Colucci, que discorreram sobre a temática “A repercussão da Comunicação em Saúde nas Coberturas Vacinais”. O diálogo foi mediado pela presidente do Cosems-GO e gestora de saúde de Senador Canedo/GO, Verônica Savatin.

Durante sua fala, o pesquisador Ricardo Fabrino apresentou os resultados do monitoramento de cinco redes sociais (Twitter, YouTube, Telegram, Instagram e Facebook) entre os meses de maio e novembro de 2021 sobre o debate público contra vacinas em plataformas digitais. Toda essa análise está descrita no Volume 2 da “Pesquisa nacional sobre cobertura vacinal, seus múltiplos determinantes e as ações de imunização nos territórios municipais brasileiros”. Acesse clicando https://bit.ly/3E60AX2.

Conforme publicado nas considerações na Pesquisa, de modo geral, no período analisado, existe um cenário em que a disseminação de conteúdo contra vacinas segue gramáticas de desinformação intensificadas nos últimos cinco anos, no país e no exterior, em disputas diversas como: o uso de imagens pop de fácil reconhecimento pelo público; o uso da estética de peças de divulgação científica e de campanhas de conscientização de órgão públicos; a negação de conteúdo produzido por veículos de informação tradicionais como fake news; a tradução de conteúdo falso ou problemático produzido no exterior; a autovitimização dos disseminadores de conteúdo falso, quando denunciados e/ou responsabilizados. E, em alguns espaços, como Twitter, o fluxo de mudanças no perfil das publicações é acelerado, sendo fortemente influenciado pelos acontecimentos do dia.

O cenário atual é grave para a implementação de políticas públicas de saúde, na medida em que ameaça a adesão dos cidadãos ao Programa Nacional de Imunizações. Merece, dessa forma, atenção permanente e engajamento por parte dos gestores públicos da área.

Nas últimas páginas do documento, são apresentadas algumas abordagens prescritivas para lidar com a hesitação vacinal, a partir de questões envolvendo a comunicação, segundo a literatura especializada. São feitos apontamentos por um grupo internacional de pesquisadores que podem ser levados em consideração pelos atores públicos no Brasil.

*Com informações e imagens do Portal Conasems

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